Banner da lição da escola bíblica vigentePara se se ter uma vida espiritual saudável, a busca diária através da oração e da leitura bíblica não é algo opcional. Se quisermos permanecer de pé espiritualmente, mesmo sendo bombardeados todos os dias pelo inferno e todos os tipos de tentações, é imprescindível buscar na fonte eterna, que é Cristo Jesus, forças para cada dia de batalha. Cada cidadão do Reino de Jesus deve tomar sua carne, suas vontades e lançar-se de vez, sem olhar as circunstâncias adversas.

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  Então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR, e o SENHOR lhes levantou um libertador, a Eúde, filho de Gera, filho de Jemim, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas.    

Juízes 3:15 

Depois de quarenta anos de paz sob o comando de Otniel, filho de Quenaz, que os livrara das mãos de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, o povo de Israel volta a fazer o que era mal diante do Senhor e, novamente, é afligido e dominado, dessa vez por Eglom, rei dos Moabitas, que se apoderou e feriu a Israel, tomando-os como servos por duros dezoito anos. Novamente o povo clama por socorro ao Senhor, que levanta um novo libertador. Assim sucessivas vezes ocorreu com o povo de Israel. É o que está sendo tratado nesse trimestre. 

O PECADO DO POVO

“Tornaram, então, filhos de Israel a fazer o que era mal perante o Senhor” (Juízes 3:12).

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Com a morte de Otniel, o primeiro juiz de Israel, depois de quarenta anos de paz, o povo de Deus volta à prática do pecado, os maiores pecados do povo eram a imoralidade e a idolatria, os filhos do povo de Israel tomaram as filhas dos povos pagãos como esposas e deram suas filhas a eles também como esposas, com essa união que desagradava ao Senhor e ia contra Suas ordenanças eles acabaram novamente se rendendo aos deuses dos outros povos e os adoravam. A maior fraqueza do povo de Israel sempre foram suas alianças. Que como um povo de fé vacilante, sempre abandonavam ao Seu Senhor para seguirem outros deuses e seus rituais pagãos.

Nesse momento da história, os israelitas se unem aos canaanitas (Juízes 3:5-6). Esse povo pagão mantinha um sistema religioso criteriosamente organizado e bastante suntuoso. O que constituía em fortes tentações às crenças do povo judeu moral e economicamente falando. A religião cananeia permitia e estimulava todo tipo de pecado e comportamento irresponsável. Seus mitos descrevem suas divindades e a maneira com que se tornou uma das culturas mais liberais da humanidade. Tudo era justificável pela religião, principalmente a imoralidade, o que causava o fim da família e gerava uma sociedade fria e sem o mínimo de amor verdadeiro. 1

Em nome de sua religião pagã, crianças eram comumente rejeitadas, mortas e enterradas no piso de suas casas ou eram oferecidos sacrifícios a seus deuses em seus altares pagãos. Nessa sociedade corrompida o ódio, a vingança, os assassinatos, eram comuns. Tudo inspirado em sua mitologia totalmente depravada e controversa. Até a Antropofagia2 era praticada pela religião cananeia. Os deuses cananeus eram tidos como responsáveis pela proteção e fertilidade, ocasionando assim o sucesso de sua agricultura. Os israelitas então se sentiam tentados a adorar tais deuses por motivos meramente econômicos.3

Principais deuses cananeus:

EL- Chamado pai dos deuses e criador do mundo. Segundo a mitologia cananeia, ele matou seu próprio filho e filha.

Baal – Sua função principal era a de mandar a chuva e garantir a fertilidade. Estava associado à primavera e renovava toda a natureza. Era, excepcionalmente, violento e imoral.

Anate – Deusa do amor e da guerra. Seus templos estavam repletos de prostitutas e adúlteros cultuais. A imoralidade sexual era exigida na adoração desta deusa e, por vezes, o seu culto requeria sacrifícios humanos, sobretudo de crianças.

Astarote – Deusa amante de Baal; padroeira do sexo e da guerra.4

Neste contexto, a nação dos israelitas se rebelavam contra seu Único e Verdadeiro Deus, não fazendo caso de seus mandamentos entregues a Moisés no Monte Sinai. Mesmo depois de serem perdoados por seus pecados e Deus enviar um libertador e passarem por quarenta anos de paz, através da vida do primeiro juiz de Israel, Otniel, não fizeram caso e não se preocuparam em agradar o coração do Soberano Senhor e novamente cometem os mesmos pecados, especialmente imoralidade e idolatria.

Nós não vivemos em uma sociedade diferente, homens e mulheres que alcançaram a liberdade ao encontrarem com Cristo usaram dessa liberdade para dar ocasião a carne. Voltando aos velhos hábitos que outrora foram libertos. Então é necessário que Deus levante opressores para os fazer voltar aos seus fundamentos cristãos. Às vezes é preciso tempos de profundo sofrimento para que haja arrependimento e mudança de comportamento e atitudes. Sempre foi assim com o povo judeu, e é assim na vida cristã. Deus nos leva a águas profundas, não para nos afogar, mais sim para nos limpar, e nos mostrar sobre a necessidade de confiarmos nEle e obedecermos às Suas palavras. O momento em que o povo estava vivendo era de uma terrível rebeldia, era um povo consciente das leis dadas por Deus, e o que poderia acontecer a eles se desobedecem tais mandamentos, de que a desgraça viria sobre eles (Deuteronômio 28:15-68). A nação de Israel pela fé conquista o território canaanita fisicamente, porém esquecendo-se dessa fé, Israel é conquistado espiritualmente pelos canaanitas. Servindo seus deuses e seus costumes, em um grande ciclo vicioso.

O RESULTADO É A OPRESSÃO

Como todo ato tem consequência, com Israel não foi diferente. Por resultado de sua desobediência, o Senhor levanta um novo inimigo e oprime Israel, Eglom, rei dos moabitas (povo que nasceu do incesto de Ló com uma de suas filhas - Gênesis 19:30-38). Ocupava o planalto a leste do mar morto. O seu deus Camos era adorado por meio de sacrifício humano. O qual se ajuntou com os amonitas que também eram descendentes de Ló. Seu território ficava imediatamente a norte de Moabe, começando à cerca de 48 km a leste do Jordão. O seu deus, chamado Moloque, era adorado mediante a queima de criancinha. Também com os amalequitas que eram descendentes de Esaú. Formavam uma tribo nômade, localizada principalmente na parte norte da península do Sinai.5 Os israelitas passam a ser subjugados por esses povos, liderados por Eglom. Seu domínio dura dezoito anos de dor e sofrimento ao povo judeu, fora imposto sobre eles o pagamento de tributos de suas colheitas, servindo como escravos a Eglom.

Os judeus, além de entregar seus tributos, eram forçados a reverenciar seus deuses, render-se ao sistema religioso imposto por eles. Um duro e pesado castigo a um povo que foi chamado para ser livre. Agora vivem como escravos, sendo humilhados e maltratados, veem a vergonha de sua nudez e têm a consciência de que tudo isso é o resultado de sua desobediência ao Senhor Deus Todo Poderoso, sabem da consequência do seu jugo desigual de seus casamentos impuros, que trouxe o pecado para a nação de Israel. A tentação foi cedida em busca de riquezas.

Da mesma maneira, a igreja atual tem se portado assim. De forma consciente tem ido em busca dos deuses dessa terra, à procura de riquezas e poder, assim fazendo tem aceitado o casamento misto (impuro) para ter uma vida confortável. Vemos igreja casando com a política; a igreja de mãos dadas com a libertinagem (mal-uso da liberdade), a permissão de tudo para o crescimento de seus adeptos, com isso muitas denominações se tornam escravas do Estado e do Sistema falido desse mundo vil e profano que a cada dia caminha sem a perspectiva de libertação genuína. Porém sempre houve e sempre haverá aqueles que clamam por dias melhores e por restauração. O povo clamou, o Senhor os ouviu...

DEUS ENVIA O LIBERTADOR

Como acontece com frequência no livro de Juízes, o povo se corrompe e cai em pecados das nações pagãs, o remanescente clama e o Senhor ouve o grito de socorro de seu povo. Levanta contra a opressão de Eglom o benjamita Eúde, filho de Gera, homem canhoto (Juízes 3:15). O pecado do povo provoca o juízo de Deus, contudo o castigo de Deus sempre tem caráter restaurador. Nações estrangeiras eram autorizadas a invadir e oprimir o povo, para os levar ao arrependimento, nesse momento, Deus levanta Eúde, que vem como resposta ao clamor. Ele faz um punhal e esconde em seu lado direito e vai ao palácio com o pretexto de entregar ao rei Eglom um tributo (Juízes 3:15). Chega e pede para ficar a sós com o rei (v 19), então saca-lhe o punhal enterrando em sua gordura e o mata (v 21,22). Eúde escapa rapidamente e lidera o povo na batalha que lhes trouxe grande vitória (v 28). Então os papéis foram invertidos, Moabe agora é subjugada a Israel6

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OS ANOS DE PAZ SÃO UM PRESENTE DE DEUS

O problema foi eliminado, com uma maneira particular de agir, o canhoto benjamita Eúde em sua esperteza trouxe vitória e descanso ao povo de Israel, seguiu-se oitenta anos de paz (v 30).

Nesse período é citado o nome de Sangar, sua história é narrada em apenas um versículo (v 31), que com sua coragem e valentia aniquila seiscentos homens filisteus para também livrar Israel da opressão; nesse versículo não temos referência alguma se houve um domínio ou apenas uma mera tentativa por parte dos filisteus, também não temos informação de quanto tempo de paz sob sua liderança e nem quanto tempo liderou o povo. Mas a referência de Sangar traz à tona exemplo de pessoas que o Senhor levanta com uma fé incomum para tarefas especiais com um único objetivo de abençoar o povo de Deus. Com a história desses dois juízes, Eúde e Sangar, Israel recebeu de Deus um lindo presente. O Senhor lhes trouxe paz!!! 

CONCLUSÃO

Como é comum no livro que estamos estudando, Juízes, encontrar este ciclo: o povo se rebelava, sofria as consequências e clamava, o Senhor os ouvia e os resgatava. Sempre com terno amor; como nos dias de hoje somos presenteados com sua Graça redentora e regeneradora que nos cobre de amor. O peso dos nossos erros sempre vem sobre nós, como acontecia no passado, mas sempre com a fundamental função de nos trazer de volta para a presença do Pai Celestial. Que nossas escolhas não nos façam afastar de nosso amoroso Senhor.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE 

1 - Quais os pecados mais comuns entre o povo de Israel?

2 - Qual o maior interesse do povo de Israel nos deuses pagãos?

3 - Qual a estratégia o juiz Eúde usou para trazer vitória ao povo?

4 - Qual foi o resultado do clamor do povo de Deus, nesse contexto da história?

5 - Como podemos comparar o povo de Israel na época dos juízes com o povo de Deus (sua igreja atualmente)?

Notas de Rodapé

1 GIBBs, Carl Boyd – História de Israel: 1ª ed. Campinas, SP Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2009 – pág. 26

 

2 Prática institucionalizada de consumo de carne humana por seres humanos; com caráter ritual – definição do dicionário Aurélio, 8ª ed. 2010, pág. 51

3 GIBBs, Carl Boyd – História de Israel: 1ª ed. Campinas, SP Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2009 – pág. 26

4 GIBBs, Carl Boyd – História de Israel: 1ª ed. Campinas, SP Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2009 – pág. 26 – Retirado texto na íntegra.

5 HALLEY, Henry Hampton, 1874-1965. Manual Bíblico de Halley; NVI – Ed. Vida, 2002 - SP

6 GARDNER, Paul- Quem é quem na Bíblia Sagrada, Ed. Vida, 2005 – SP, pág 200

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